sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tudo que posso
Com vergonha
Sem remorso

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sem lastro
Quando o ouro
Vira pasto

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Querido diário,
Tive um dia de merda
Meu irmão bagunça minha desordem
Virei à esquerda

Querido diário,
Não sei me impor
Ela quer resultados
Eu quero calor

Querido diário,
Minha vida é metade
Quem dera me sentir plena
E esperar do mundo a bondade

Querido diário...
Querido o caralho.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Lá vem ele
Tem algo pra dizer
Se ele não tem voz
Como é que eu vou saber?

Choveu muito
Na linha reta do caminho
Me perdi
Quando fui me achar
Consegui ouvir

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Não é outra primavera
É mais um outono
Quando peso os pesares
Desejo outros ares
Penso nos sonhos

Dessa vez
Vem diferente
O acaso acidente
Me deu um beijo

Enquanto for
Se quiser ser
Não me queixo
Eu me abro
Eu deixo

domingo, 3 de abril de 2011

Pronto Socorro

Paciente
Isso é coisa que ela não é
Nem consegue ser
Com as amarras do soro
Era impossível ficar
Entre moribundos
Estava muito viva
E precisava viver já
Soltou-se
Com sangue escorrendo das veias
Foi de meias correndo
Sentir a brisa passar

terça-feira, 29 de março de 2011

O Rato

Fumava o meu cigarro
Quando ouvi o barulho
Tinha medo
Mas queria vê-lo
Matá-lo a vassouradas
Até seu sangue me aliviar
Mostrou sua cabeça
Minúscula e apavorada
Entendi
Éramos almas irmãs
Deixei-o viver
Pra que me deixasse também

terça-feira, 22 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Doce deletério

Depois da vida
Fica a dúvida
Depois de tudo
Ela volta a cantar
Ou fica muda?
Me seguro
para não dar bandeira
Mas se me perguntar
Respondo:
- Eu ficaria naquela rede
minha vida inteira.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Caiu, mas ninguém viu
Olhou de leve para trás
Está tudo muito bem, obrigada
Tristeza dá, mas não dói mais

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Onde acaba a mentira
E começa a verdade?
Quando foi
Que a dor virou
Esta cidade?
Já tenho sintomas
Da conhecida patologia
Me perco inteira
Sem saber
Pra onde ia
Você sabia?
Então me cura
Não consigo ver
Não pode haver
Beleza na tristeza

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sobre o clima e eu

Já disse e repito:
Eu não lamento.
Sou sol com muitas nuvens
Pancadas de chuva
A qualquer momento

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pode ser

Palavra de quatro letras
Num encontro casual
Onde acaba a diferença
Na horizontal

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O que é que faço?

Aceito a clarividência
Meu descompasso
Sorrio
Comemoro o fracasso

Rei

Saudade que me dá
De contar
Um evento corriqueiro
Pra ele que é quase eu
E mora
No Rio de Janeiro