Acordei blasé
Tive um dia clichê
Sonhei com você
Está tudo pela metade
Nada sei sobre a tua vontade
Sinto saudade
Paixão passa
Minha rima
Ficou sem graça
Chove no outono
O céu está cinza
A vida com sono
Você volta
Fala sobre vinho
Corre perigo
De ficar sozinho
Imploro por verdade
Só temo em perder
Minha sanidade.
segunda-feira, 29 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
Das ânsias momentâneas
Não vou me entregar
Ao cansaço vil
Quero tudo
Quero agora
Sempre o querer
Para ver
Até onde vai
O pavio
Esqueço
Padeço
Reconheço...
Recomeço.
Ao cansaço vil
Quero tudo
Quero agora
Sempre o querer
Para ver
Até onde vai
O pavio
Esqueço
Padeço
Reconheço...
Recomeço.
domingo, 21 de março de 2010
Bela Adormecida
Quando eu era criança
Meu conto de fadas preferido
Era o da Bela Adormecida
Aos 16 anos piquei meu dedo numa rosa
Minhas fadas eram etílicas
Meus príncipes foram efêmeros
E a mim
Só restou a vontade
Do sono eterno.
Meu conto de fadas preferido
Era o da Bela Adormecida
Aos 16 anos piquei meu dedo numa rosa
Minhas fadas eram etílicas
Meus príncipes foram efêmeros
E a mim
Só restou a vontade
Do sono eterno.
sábado, 13 de março de 2010
Dos amores complexos
Em teu groove solitário
Os olhos pintados de xadrez
Na penumbra
Observo tua tez
Nesta noite fiquei invisível
Porque você é acanhado
Não ia gostar
De ser olhado assim
Mas te vi no fundo
Sem saber
Mostrava-se pra mim
Tudo que não vejo
É tudo que invento
Você foi embora
E me deixou neste tormento
Agora me diz
Se fui eu
Ou foi a vida
Quem encostou na tua ferida?
Tanto faz
O luto durarará
Somente o tempo que merece
E quando acabar
Enterrarei sem medo
Esse desejo
Que aqui jaz.
Os olhos pintados de xadrez
Na penumbra
Observo tua tez
Nesta noite fiquei invisível
Porque você é acanhado
Não ia gostar
De ser olhado assim
Mas te vi no fundo
Sem saber
Mostrava-se pra mim
Tudo que não vejo
É tudo que invento
Você foi embora
E me deixou neste tormento
Agora me diz
Se fui eu
Ou foi a vida
Quem encostou na tua ferida?
Tanto faz
O luto durarará
Somente o tempo que merece
E quando acabar
Enterrarei sem medo
Esse desejo
Que aqui jaz.
Ode à burguesia
Pregação daqui
E do lado de lá
Pregue sua cara na parede
E veja no que dá
Coma hipocrisia
Vomite seu status
Venda suas ideias
Crie ratos
É tão gozado
Vocês são tão medíocres
Tão caricatos
E do lado de lá
Pregue sua cara na parede
E veja no que dá
Coma hipocrisia
Vomite seu status
Venda suas ideias
Crie ratos
É tão gozado
Vocês são tão medíocres
Tão caricatos
Inventando
Já não me oferecem alento
Os poetas de costume
Leminski, Drummond e Alice Ruiz
Já me encontro
Nesse nosso desencontro
Batendo ponto
Te adivinhando
Te amando
Te odiando
E minha tranquilidade...
Ah, essa está por um triz.
Os poetas de costume
Leminski, Drummond e Alice Ruiz
Já me encontro
Nesse nosso desencontro
Batendo ponto
Te adivinhando
Te amando
Te odiando
E minha tranquilidade...
Ah, essa está por um triz.
Vontade simplória
Acordar em Morretes
Num dia frio, mas claro
Deitar na rede
Abrir um Neruda
E fumar um cigarro
Num dia frio, mas claro
Deitar na rede
Abrir um Neruda
E fumar um cigarro
sexta-feira, 12 de março de 2010
Lixeira social
Por que vocês não sabem do lixo ocidental
Lixo curitibano
Lixo intrínseco
Lixo social
Propriedade privada
Impregnada
Miserável quer ser burguês
Engano
Todo dia
Utopia
Espere a sua vez
Lixo curitibano
Lixo intrínseco
Lixo social
Propriedade privada
Impregnada
Miserável quer ser burguês
Engano
Todo dia
Utopia
Espere a sua vez
quarta-feira, 10 de março de 2010
Dos sonhos esquisitos #1
Conversávamos na praça
O céu já dava sinais do entardecer
Eu, ela e o barbudo velho
Talvez fosse só um louco
Também podia ser Karl Marx
O que é plausível, dentro dos meus sonhos
De um lado as montanhas
Do outro o rio
Nós três
Na dialética do vazio.
O céu já dava sinais do entardecer
Eu, ela e o barbudo velho
Talvez fosse só um louco
Também podia ser Karl Marx
O que é plausível, dentro dos meus sonhos
De um lado as montanhas
Do outro o rio
Nós três
Na dialética do vazio.
segunda-feira, 8 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Ossos do ofício
Tantos rostos
Sem nome
Sem cor
Sem lembrança
O cachorro, no canto, dorme
E me parece, que de todos esses rostos
O focinho dele
É o mais humano
Sem nome
Sem cor
Sem lembrança
O cachorro, no canto, dorme
E me parece, que de todos esses rostos
O focinho dele
É o mais humano
terça-feira, 2 de março de 2010
Grito
Isso mesmo
É assim
Fazendo pouco de mim
Travestindo-se de artista
Enquanto eu fico aqui
Gritando em minha escrita escrachada
E pouco erudita
Diz o que quiser
Que eu te mostro o ódio que existe
No coração de uma mulher
É assim
Fazendo pouco de mim
Travestindo-se de artista
Enquanto eu fico aqui
Gritando em minha escrita escrachada
E pouco erudita
Diz o que quiser
Que eu te mostro o ódio que existe
No coração de uma mulher
segunda-feira, 1 de março de 2010
Carnavalizando a alma
Minha alma voa junto
Com as serpentinas
Transcendência de confetes
E afoita que sou
Me consumo até virar cinza
Logo eu, que me conheço
De outros carnavais.
Com as serpentinas
Transcendência de confetes
E afoita que sou
Me consumo até virar cinza
Logo eu, que me conheço
De outros carnavais.
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