E lá fomos nós
Mentes e corpos
Ensandecidos
O melhor de perder-se
É encontrar novamente
Os velhos loucos queridos
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Pra que serve a vida?
Pus meus pés dentro de casa
E desandei a chorar
Tem coisa errada
E quem é que vai explicar?
Alma fatigada
O acaso é mau
Tudo tende ao caos
E desandei a chorar
Tem coisa errada
E quem é que vai explicar?
Alma fatigada
O acaso é mau
Tudo tende ao caos
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Infância
Minha mãe disse
Que eu preciso me tratar
Quando criança
Tão fácil me frustrar
Descobrir que luvas de silicone
Não viravam luvas nas mãos
Que cascão não se referia
A um personagem da Turma da Mônica
Era só uma casca de sorvete grande
Quantas expectativas
Todas quebradas
É só isso?
Acho que cresci
Elas (as expectativas) continuam
E para além das coisas...
Que eu preciso me tratar
Quando criança
Tão fácil me frustrar
Descobrir que luvas de silicone
Não viravam luvas nas mãos
Que cascão não se referia
A um personagem da Turma da Mônica
Era só uma casca de sorvete grande
Quantas expectativas
Todas quebradas
É só isso?
Acho que cresci
Elas (as expectativas) continuam
E para além das coisas...
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Não sei
"Ontem, meu bem, contei até três
Hoje só pensei..."
(Alice Ruiz)
Ser normal
Como faz?
Quem ou qual?
Fumaça
Me mande
Um sinal
Hoje só pensei..."
(Alice Ruiz)
Ser normal
Como faz?
Quem ou qual?
Fumaça
Me mande
Um sinal
domingo, 8 de agosto de 2010
LUTO
Hoje é dia dos pais
Um deles ganhou de presente
A morte do seu filho
Rapaz comum
Não houve nota no jornal
Mas nós sabíamos
O quanto era especial
Vazio que não será
Preenchido
Não dá para entender
Como ama-se as coisas
mais do que as pessoas
Mundo estúpido
(Dedicado ao Bruninho, querido por todos nós. Descanse em paz.)
Um deles ganhou de presente
A morte do seu filho
Rapaz comum
Não houve nota no jornal
Mas nós sabíamos
O quanto era especial
Vazio que não será
Preenchido
Não dá para entender
Como ama-se as coisas
mais do que as pessoas
Mundo estúpido
(Dedicado ao Bruninho, querido por todos nós. Descanse em paz.)
sábado, 24 de julho de 2010
Nada mais interessa
Todos esses dias
Estive sã
Tentando fugir das dores
Mergulhei fundo
No cotidiano entorpecente
Me vi sem paixão
Sem sentido
Sem a dor
Que me trazia a embriaguez
E se parecia comigo
Estive sã
Tentando fugir das dores
Mergulhei fundo
No cotidiano entorpecente
Me vi sem paixão
Sem sentido
Sem a dor
Que me trazia a embriaguez
E se parecia comigo
sexta-feira, 9 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Desumanizar
Um robô
De cabelos vermelhos
Hora pra sorrir
E pra dormir
Às 18:26 desce do ônibus
18:27 acende um cigarro
Máquina frustrada
Quis ter sentimentos
Acumulou conhecimentos
Mas estava acabada.
De cabelos vermelhos
Hora pra sorrir
E pra dormir
Às 18:26 desce do ônibus
18:27 acende um cigarro
Máquina frustrada
Quis ter sentimentos
Acumulou conhecimentos
Mas estava acabada.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Flauta transversal
Passou
Os anseios não são mais
Os mesmos de outrora
Estou leve
Flutuando aos
sons de flauta
transversal
Nostalgia.
Saudade?
Não mais, não agora.
Os anseios não são mais
Os mesmos de outrora
Estou leve
Flutuando aos
sons de flauta
transversal
Nostalgia.
Saudade?
Não mais, não agora.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Compaixão
Intensa
Ela e sua paixão
Que não compensa
Ele diz: É doença!
Na cabeça
Que não pensa
Coração, adormeça
O que vem
É indiferença
"I wanted to stay,
I wanted to play,
I want to love you..."
Ela e sua paixão
Que não compensa
Ele diz: É doença!
Na cabeça
Que não pensa
Coração, adormeça
O que vem
É indiferença
"I wanted to stay,
I wanted to play,
I want to love you..."
quinta-feira, 10 de junho de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
Santo Antônio
Treze voltas
Uma moeda
Algumas palavras
Virei piada
Ainda bem
Que a fé
Não pode ser
Cientificamente
Explicada
Uma moeda
Algumas palavras
Virei piada
Ainda bem
Que a fé
Não pode ser
Cientificamente
Explicada
terça-feira, 11 de maio de 2010
A incrível batalha
Virá o dia
Em que a batalha
Entre mim e o sono
Acabará
Finalizarei
Com um golpe de esgrima
E vou dormir
Somente oito horas
Por dia
Em que a batalha
Entre mim e o sono
Acabará
Finalizarei
Com um golpe de esgrima
E vou dormir
Somente oito horas
Por dia
Europa Bananeira
Mas que diabos
Pra nessa terra fazer
Tanto frio
Pode parecer Europa
Mas ainda moro no Brasil
Pra nessa terra fazer
Tanto frio
Pode parecer Europa
Mas ainda moro no Brasil
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Dinheiro
Sem ele
Tudo fica mal
Não tem cerveja
Maldito seja!
Fosse no tempo das cavernas
Não precisaria dele
Pra ter vida social
Tudo fica mal
Não tem cerveja
Maldito seja!
Fosse no tempo das cavernas
Não precisaria dele
Pra ter vida social
domingo, 2 de maio de 2010
Sol em Curitiba
Quando faz sol em Curitiba
O frio coração
Abre-se para o afeto
Celebração
O humor fechado
Não é mais tão certo
O frio coração
Abre-se para o afeto
Celebração
O humor fechado
Não é mais tão certo
quinta-feira, 29 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Mal-acabado
Oui
Sempre quis falar francês
Whatever
Ser indiferente em inglês
Na verdade
O que falta mesmo
São palavras
Para terminar
Esse ensaio poético
Em português
Sempre quis falar francês
Whatever
Ser indiferente em inglês
Na verdade
O que falta mesmo
São palavras
Para terminar
Esse ensaio poético
Em português
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Sem síndrome
O bom é que
Tudo se renova
Gabriela
Sem síndrome
Nasci assim
Mas não vou
Ser sempre assim
Vivendo
Já dei
Minha prova
Tudo se renova
Gabriela
Sem síndrome
Nasci assim
Mas não vou
Ser sempre assim
Vivendo
Já dei
Minha prova
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Para Ivo
Há uma estrada
Dessa vida
Não se leva nada
Só se deixa
Quando sentir o cheiro
Do mato
Coloque o sapato
Vá caminhar
Aquela canção diz: "certas luas, dias incertos"
Para nunca esquecer
Para sempre lembrar
(Dedicado à Ivo Rodrigues)
Dessa vida
Não se leva nada
Só se deixa
Quando sentir o cheiro
Do mato
Coloque o sapato
Vá caminhar
Aquela canção diz: "certas luas, dias incertos"
Para nunca esquecer
Para sempre lembrar
(Dedicado à Ivo Rodrigues)
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Dolorido
Precisando estudar
Querendo ler Fante
O livro ali
Me seduzindo
A febre subindo
Enquanto Lévi-Strauss
Vira um elefante
Querendo ler Fante
O livro ali
Me seduzindo
A febre subindo
Enquanto Lévi-Strauss
Vira um elefante
Whatever
Ausência de sol
De humor
Amor
Não importa
Sempre soube que era
Gauche
Ou seja, torta
E que me perdoem
Os felizes demais
A única magia
pra felicidade
Tem prazo de validade
Depende do contexto
É subjetiva
De humor
Amor
Não importa
Sempre soube que era
Gauche
Ou seja, torta
E que me perdoem
Os felizes demais
A única magia
pra felicidade
Tem prazo de validade
Depende do contexto
É subjetiva
segunda-feira, 5 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Cotidiano
Acordei blasé
Tive um dia clichê
Sonhei com você
Está tudo pela metade
Nada sei sobre a tua vontade
Sinto saudade
Paixão passa
Minha rima
Ficou sem graça
Chove no outono
O céu está cinza
A vida com sono
Você volta
Fala sobre vinho
Corre perigo
De ficar sozinho
Imploro por verdade
Só temo em perder
Minha sanidade.
Tive um dia clichê
Sonhei com você
Está tudo pela metade
Nada sei sobre a tua vontade
Sinto saudade
Paixão passa
Minha rima
Ficou sem graça
Chove no outono
O céu está cinza
A vida com sono
Você volta
Fala sobre vinho
Corre perigo
De ficar sozinho
Imploro por verdade
Só temo em perder
Minha sanidade.
sábado, 27 de março de 2010
Das ânsias momentâneas
Não vou me entregar
Ao cansaço vil
Quero tudo
Quero agora
Sempre o querer
Para ver
Até onde vai
O pavio
Esqueço
Padeço
Reconheço...
Recomeço.
Ao cansaço vil
Quero tudo
Quero agora
Sempre o querer
Para ver
Até onde vai
O pavio
Esqueço
Padeço
Reconheço...
Recomeço.
domingo, 21 de março de 2010
Bela Adormecida
Quando eu era criança
Meu conto de fadas preferido
Era o da Bela Adormecida
Aos 16 anos piquei meu dedo numa rosa
Minhas fadas eram etílicas
Meus príncipes foram efêmeros
E a mim
Só restou a vontade
Do sono eterno.
Meu conto de fadas preferido
Era o da Bela Adormecida
Aos 16 anos piquei meu dedo numa rosa
Minhas fadas eram etílicas
Meus príncipes foram efêmeros
E a mim
Só restou a vontade
Do sono eterno.
sábado, 13 de março de 2010
Dos amores complexos
Em teu groove solitário
Os olhos pintados de xadrez
Na penumbra
Observo tua tez
Nesta noite fiquei invisível
Porque você é acanhado
Não ia gostar
De ser olhado assim
Mas te vi no fundo
Sem saber
Mostrava-se pra mim
Tudo que não vejo
É tudo que invento
Você foi embora
E me deixou neste tormento
Agora me diz
Se fui eu
Ou foi a vida
Quem encostou na tua ferida?
Tanto faz
O luto durarará
Somente o tempo que merece
E quando acabar
Enterrarei sem medo
Esse desejo
Que aqui jaz.
Os olhos pintados de xadrez
Na penumbra
Observo tua tez
Nesta noite fiquei invisível
Porque você é acanhado
Não ia gostar
De ser olhado assim
Mas te vi no fundo
Sem saber
Mostrava-se pra mim
Tudo que não vejo
É tudo que invento
Você foi embora
E me deixou neste tormento
Agora me diz
Se fui eu
Ou foi a vida
Quem encostou na tua ferida?
Tanto faz
O luto durarará
Somente o tempo que merece
E quando acabar
Enterrarei sem medo
Esse desejo
Que aqui jaz.
Ode à burguesia
Pregação daqui
E do lado de lá
Pregue sua cara na parede
E veja no que dá
Coma hipocrisia
Vomite seu status
Venda suas ideias
Crie ratos
É tão gozado
Vocês são tão medíocres
Tão caricatos
E do lado de lá
Pregue sua cara na parede
E veja no que dá
Coma hipocrisia
Vomite seu status
Venda suas ideias
Crie ratos
É tão gozado
Vocês são tão medíocres
Tão caricatos
Inventando
Já não me oferecem alento
Os poetas de costume
Leminski, Drummond e Alice Ruiz
Já me encontro
Nesse nosso desencontro
Batendo ponto
Te adivinhando
Te amando
Te odiando
E minha tranquilidade...
Ah, essa está por um triz.
Os poetas de costume
Leminski, Drummond e Alice Ruiz
Já me encontro
Nesse nosso desencontro
Batendo ponto
Te adivinhando
Te amando
Te odiando
E minha tranquilidade...
Ah, essa está por um triz.
Vontade simplória
Acordar em Morretes
Num dia frio, mas claro
Deitar na rede
Abrir um Neruda
E fumar um cigarro
Num dia frio, mas claro
Deitar na rede
Abrir um Neruda
E fumar um cigarro
sexta-feira, 12 de março de 2010
Lixeira social
Por que vocês não sabem do lixo ocidental
Lixo curitibano
Lixo intrínseco
Lixo social
Propriedade privada
Impregnada
Miserável quer ser burguês
Engano
Todo dia
Utopia
Espere a sua vez
Lixo curitibano
Lixo intrínseco
Lixo social
Propriedade privada
Impregnada
Miserável quer ser burguês
Engano
Todo dia
Utopia
Espere a sua vez
quarta-feira, 10 de março de 2010
Dos sonhos esquisitos #1
Conversávamos na praça
O céu já dava sinais do entardecer
Eu, ela e o barbudo velho
Talvez fosse só um louco
Também podia ser Karl Marx
O que é plausível, dentro dos meus sonhos
De um lado as montanhas
Do outro o rio
Nós três
Na dialética do vazio.
O céu já dava sinais do entardecer
Eu, ela e o barbudo velho
Talvez fosse só um louco
Também podia ser Karl Marx
O que é plausível, dentro dos meus sonhos
De um lado as montanhas
Do outro o rio
Nós três
Na dialética do vazio.
segunda-feira, 8 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Ossos do ofício
Tantos rostos
Sem nome
Sem cor
Sem lembrança
O cachorro, no canto, dorme
E me parece, que de todos esses rostos
O focinho dele
É o mais humano
Sem nome
Sem cor
Sem lembrança
O cachorro, no canto, dorme
E me parece, que de todos esses rostos
O focinho dele
É o mais humano
terça-feira, 2 de março de 2010
Grito
Isso mesmo
É assim
Fazendo pouco de mim
Travestindo-se de artista
Enquanto eu fico aqui
Gritando em minha escrita escrachada
E pouco erudita
Diz o que quiser
Que eu te mostro o ódio que existe
No coração de uma mulher
É assim
Fazendo pouco de mim
Travestindo-se de artista
Enquanto eu fico aqui
Gritando em minha escrita escrachada
E pouco erudita
Diz o que quiser
Que eu te mostro o ódio que existe
No coração de uma mulher
segunda-feira, 1 de março de 2010
Carnavalizando a alma
Minha alma voa junto
Com as serpentinas
Transcendência de confetes
E afoita que sou
Me consumo até virar cinza
Logo eu, que me conheço
De outros carnavais.
Com as serpentinas
Transcendência de confetes
E afoita que sou
Me consumo até virar cinza
Logo eu, que me conheço
De outros carnavais.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Ócio
Só falta uma hora
De todas as horas que você me falta
Maldita lua!
Me lembra o dia
Em que eu senti (e disse)
Que era tua.
(Dedicado à Bruno Karam)
De todas as horas que você me falta
Maldita lua!
Me lembra o dia
Em que eu senti (e disse)
Que era tua.
(Dedicado à Bruno Karam)
Curitiba em mim
Saio de manhã
Eu vou andar
Passo em frente à Igreja Universal
E todas aquelas pregações
Me incomodam de um jeito anormal
Praça Rui barbosa
Estou na fossa
Trabalhadores, marginais
Vidas tão iguais
Rua XV
Tão bela
Brilho transcendente
Faz frio
Minhas mãos estão dormentes
Largo da Ordem
Sento e bebo minha cerveja
Olho a diversidade em volta
Adoro essa desordem
Logo ali, Santos Andrade, Cine Luz
Faz tempo que não temos dias azuis
Melhor seria parar e me entregar aos urubus
Mas a senhora que está ao meu lado, disse:
-Minha filha, cada um carrega sua própria cruz.
(Escrito em tempos já remotos)
Eu vou andar
Passo em frente à Igreja Universal
E todas aquelas pregações
Me incomodam de um jeito anormal
Praça Rui barbosa
Estou na fossa
Trabalhadores, marginais
Vidas tão iguais
Rua XV
Tão bela
Brilho transcendente
Faz frio
Minhas mãos estão dormentes
Largo da Ordem
Sento e bebo minha cerveja
Olho a diversidade em volta
Adoro essa desordem
Logo ali, Santos Andrade, Cine Luz
Faz tempo que não temos dias azuis
Melhor seria parar e me entregar aos urubus
Mas a senhora que está ao meu lado, disse:
-Minha filha, cada um carrega sua própria cruz.
(Escrito em tempos já remotos)
Produção em massa
#1
Já disseram
Tudo que eu queria
Escrevo
E jogo fora
O dia
#2
Falar de amor é tão batido
Prefiro o descaso, uma cerveja
E um comprimido
#3
Cansei de ser
Só quero estar
E ligar o botão
Do tanto faz
(Dedicado à Vã)
Já disseram
Tudo que eu queria
Escrevo
E jogo fora
O dia
#2
Falar de amor é tão batido
Prefiro o descaso, uma cerveja
E um comprimido
#3
Cansei de ser
Só quero estar
E ligar o botão
Do tanto faz
(Dedicado à Vã)
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